terça-feira, 23 de agosto de 2011
A polêmica da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Morte
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Áreas de Proteção permanente
Reserva Legal
Júlia M2
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O Novo Código Florestal - Contexto Histórico
Lucas, Nícolas, Bruno, Leonardo e Antonio.
quarta-feira, 30 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Erupções solares


segunda-feira, 14 de março de 2011
AVALIAÇÃO DA GEOGRAFIA - 2011
AVALIAÇÃO DO ALUNO: a cada trimestre serão realizadas 2 provas cumulativas (P1 + P2), cada uma valendo 6.5 pontos. No final do trimestre será feita a média aritmética do rendimento obtido nas duas provas, o que corresponderá a 65% da nota final trimestral. Do restante da nota trimestral, 15% será o resultado das avaliações das atividades complementares e 20%, corresponderá ao resultado de Geotestes. As atividades complementares e Geotestes fazem parte da Recuperação Paralela. O resultado das atividades complementares e do Geoteste serão adicionados à média das provas obtendo-se, assim, a média final do trimestre igual a 10,0.
RECUPERAÇÃO PARALELA
Será feita ao longo do processo ensino-aprendizagem, mediante acompanhamento e controle contínuo do aproveitamento do educando, oportunizando atividades complementares como trabalho com mapas, exercícios escritos, resumos de textos, interpretação de textos e outras atividades, Geotestes, revisão de provas, revisão de conteúdos, sempre com esclarecimento de dúvidas. Será considerada também a entrega das tarefas no prazo solicitado pelo professor.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
ANÁLISE:MEIO AMBIENTE
RETROSPECTIVA - “Chuvas e deslizamentos mudam a geografia da região serrana do Rio de janeiro em janeiro de 2011”
Fazendo uma análise breve e simples poderíamos culpar governos por serem omissos na fiscalização das formas de ocupação e apropriação irregular e predatória da natureza pelo homem que, também, em nome de um desenvolvimento não sustentável polui o ambiente gerando um desequilíbrio do clima global.
O clima em desequilíbrio tem conseqüências e se manifesta de diferentes formas em diferentes espaços geográficos como, estiagens prolongadas como a que ocorreu no Rio Grande do Sul, principalmente na metade sul ou excesso de chuvas no Sudeste do Brasil e na Austrália. Entretanto, o fato natural mais trágico, noticiado e que provocou a maior destruição de todos os tempos ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro com chuvas acompanhadas de deslizamento de lama, com assoreamento de rios e soterramentos num saldo de mais de 800 mortos.
A geomorfologia e forma de ocupação da região contribuiu para a tragédia deixando a imagem de dor,de indignação e de reflexão.Dor, pela solidariedade e pelo sentir-se no lugar das pessoas atingidas. A indignação, no momento, não passou desapercebida. Milhões de brasileiros são obrigados a pagar altos valores para a Receita Federal e no momento da tragédia contata-se que a Defesa Civil deixa a desejar, é impotente e despreparada além da anuência das autoridades competentes para com o crescimento urbano anômalo.
O fato trágico remete à reflexão sobre o modelo capitalista onde predomina a “lei da oferta e da procura”,no qual, o poder hegemônico se apropria dos meios de comunicação de ponta para, através da mídia, promover uma sociedade consumista e um crescimento econômico a qualquer preço.
Pergunto:
1) Como o homem, ao longo da história, vem se apropriando da natureza?
2) Como está ocorrendo o crescimento urbano? Existe ou não Plano Piloto? Para que serve então?
3) Será que há tanta necessidade de urbanizar morros, encostas e várzeas inundáveis?
4) Tormentas, chuvas duradouras seriam a conseqüência de uma atmosfera superaquecida pela emissão de gases de efeito estufa?
5) Que Planeta estamos preparando para as futuras gerações? Um Planeta exaurido? Dá para imaginar?
6) Estamos comprometidos com a causa sócio-ambiental? De que forma?
A tragédia mudou a geografia da região. Qual é tua opinião?
GLOSSÁRIO
1) Defesa Civil
No Brasil, é o conjunto de ações preventivas, assistenciais, reconstrutivas, de socorro com o objetivo de evitar ou prevenir ou minimizar os desastres, preservando o moral da população e restabelecer a normalidade social.
2) Estado de Direito
Significa que nenhum presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão, eles próprios, sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei.O Estado de Direito expressa a vontade do povo.
FORMAS DE GOVERNAR
1) DEMOCRACIA – É uma forma simpática de governar comum no mundo ocidental. Nas democracias a população pode e deve votar para escolher seu representante ou partidos políticos.
2) DEMAGOGIA – É uma de política que consiste em levar o povo a confiar em falsas promessas e situações que na realidade n ao vão ser postas em prática.
3) ANARQUISMO – Forma política de governar que objetiva abolir o capitalismo para que o Estado seja ausente. Defende a liberdade e a ausência de leis.
4) OLIGARQUIA - Forma política de governar utilizada por alguns grupos que dominam a cultura, a política e a sociedade de um país. Dominam todos os setores em prol de seus interesses.
5) MONARQUIA – Forma política que tem o rei ou a rainha como chefe de Estado. O chefe de Estado recebe o cargo por herança, ou seja, é passado de pai para filho. No caso de não haver um herdeiro legítimo é passado para o parente mais próximo.A Monarquia pode ser:
a) Monarquia Absoluta: o rei ou rainha não tem restrições em seus poderes.
b) Monarquia Constitucional: Seus poderes são restritos pela constituição.
6) TIRANIA – Forma de governar adotada por pessoas que não tem limite de poder. Normalmente utilizam-se de ameaças e violências como formas de reprimir a sociedade e fazer com que as imposições sejam aceitas.
7) REPÚBLICA – Forma política que designa um representante para que se eleito pelo povo assuma o mais alto cargo do poder executivo.
8) DITADURA – O governo é comandado por uma pessoa que tem poder absoluto sobre as pessoas no país. Nos tempos modernos, o comando de um ditador não é restrito por leis, constituições ou por qualquer instituição social e política.
A REVOLUÇÃO DOS JASMINS CONTRA AUTOCRACIAS
O mundo árabe se manifesta...
A Revolução dos Jasmins teve início na Tunísia, governada pelo ditador Zine El Abidine Ben Ali por 23 anos, e serviu de exemplo para os países árabes. Teve início com a morte de um jovem e logo se alastrou e em algumas semanas se estendeu como um rastrilho de pólvora para vários países árabes como Iêmen e, sobretudo, o Egito vivem hoje, revoltas com características revolucionárias. O cientista político, filósofo e presidente do Instituto Magreb-Europa, Sami Naiir, aponta como 1º fator alimentador da revolta o fato de que o medo mudou de campo. É o poder que enfrenta agora um povo que perdeu o medo.
A cultura das democracias ocidentais sempre tratou os países árabes como incapazes de assumir um destino democrático. Este é o discurso depreciativo do capitalismo liderado pelos EUA e UE (União Européia) através da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que apóiam regimes ditatoriais para manter a estabilidade nos países árabes a fim de evitar emigrações e garantir as fontes de recursos petrolíferos. Os EUA e UE estão em sintonia com o discurso dos ditadores árabes que sempre repetiram: “Nossos povos carecem de maturidade política e cultural e, por conseguinte, não podem ter acesso à democracia”. Tunísia, Argélia, Mauritânia, Iêmen, e Egito não só desmentem estes argumentos como também abalam desde a raiz as ditaduras que governam esses países há décadas com mão de ferro e privilégios exorbitantes. Os protagonistas desta onda de aspirações democráticas são a classe média, os setores menos favorecidos e os jovens, que se organizam por meio da internet. Demonstram que não compactuam com autocracias longevas respaldadas historicamente pelo ocidente.
Segundo Sami Naiir, pelo menos no séc. XX, a América Latina foi o laboratório dos povos. A Revolução Russa não pode ser entendida sem a Revolução Mexicana. Os latino-americanos inventaram todas as formas de lutas possíveis e imagináveis. Na América Latina se experimentaram as guerrilhas, as lutas políticas, os despotismos e as ditaduras. A partir dos anos 80 e 90 as ditaduras caíram em quase todos os países da América Latina. Esse movimento contra as ditaduras se estendeu para os países do Leste Europeu a partir de 1989 com a queda do Muro de Berlim. Agora, esse movimento de fundo que se iniciou na América Latina está atingindo todos os países da orla árabe do Mediterrâneo e, mesmo além, na Península Arábica, como está acontecendo no Iêmen.
O problema é que, ao contrário ao que ocorreu na América Latina, o movimento que está acontecendo nos países árabes não tem direção, programa e organização. É espontâneo. Para Sami Naiir, trata-se de um movimento que quer destruir a idéia de que estas sociedades estão condenadas a viver com o perigo extremista e fundamentalista, por um lado, e por outro, com a ditadura, que seria uma suposta garantia necessária contra esse perigo fundamentalista. Agora, está se demonstrando que o problema é muito mais complexo e que estes países não querem experimentar nem o islamismo e nem o fundamentalismo, mas sim que desejam a democracia. Porém, as situações são peculiares. Exemplo: a Tunísia é um país com tradição laica(*) com uma elite muito forte e camadas sociais muito unidas; no Iêmen impera um sistema tribal baseado na dominação despótica de um clã. A única coisa similar entre os dois países é o grau de dominação e a forma de controle apoiada na polícia e no exército.
(*) O laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Não deve ser confundida com o ateísmo de Estado. O Estado laico tem que se assumir neutro, equidistante das diversas opções social e culturalmente possíveis e, designadamente, incompetente em todas a matérias que relevam da crença e/ou da convicção – sempre individual e particular – dos indivíduos que compõem a sociedade que o estabelece e legitima, reconhecendo-lhes e assegurando-lhes, contudo e em toda a sua extensão, o direito de livre e autonomamente se organizarem e afirmarem associativamente pelas diferentes afinidades identitárias que entre si entendam fazer relevar social e culturalmente.
O caso do Egito é muito particular. O Egito provavelmente é o mais antigo Estado de Direito do mundo. O Estado de Direito moderno foi criado por Mohamed Ali (Paxá), no final do séc. XVIII e no início do séc. XIX, ou seja, antes que os europeus soubessem o que era isso. Mas esse Estado foi destroçado pelos ingleses no Séc. XIX.
No Egito o exército desempenha um papel central liderado pelo ditador/ presidente Hosni Mubarack há 43 anos. Quem está sendo chamado a subsituí-lo é seu filho Gamal Mubarack que é um liberal não bem visto pelas forças armadas. Gamal Mubarack não inspira democracia e é temido pela possibilidade de o mesmo implantar um neoliberalismo, que encarna na verdade o domínio pelo governo e elites burocráticas. É o caso da China atual com uma ditadura neocumunista déspota com a prática de um liberalismo selvagem.
Os opositores revolucionários egípcios não querem uma república hereditária onde o pai ditador Hosni Mubarack nomeie seu filho Gamal Mubarack como futuro ditador liberal. Os opositores buscam a democratização da sociedade. Para eles, o filho é como seu pai. Não o querem porque já tem o exemplo da Síria onde o filho substituiu o pai e terminou instaurando um sistema mais ou menos liberal, mas com a mesma ditadura.
Não se sabe se esses movimentos continuarão avançando ou se param por aí. O certo é que as nações do mundo estão percebendo que os poderes podem mudar quando os povos querem mudar suas condições de vida e ousam enfrentar o poder para escolher o seu próprio destino. Querem mudança de regime, o fim da corrupção e da ditadura.
O que está ocorrendo é também uma conseqüência da globalização. A globalização é má socialmente,mas tem algo bom, que é a globalização dos valores democráticos nas sociedades civis.
Fonte: www.planetaosasco.com...
domingo, 13 de fevereiro de 2011
O Século XX e a Geografia Atual
O mundo se modificou muito durante o séc. XX. O desenvolvimento de novas ideologias, as duas Guerras Mundiais, o surgimento dos países socialistas, o confronto entre países socialistas e capitalistas, a segunda e a terceira revolução tecnológica foram algumas dessas mudanças. Surgem também, novas correntes de pensamento que procuravam melhor definir a Ciência Geográfica. Vejamos:
a) Max Sorré(1880-1962), francês, desenvolveu a idéia de que a geografia deve estudar as diferentes maneiras com as quais o homem organiza o seu meio. Surge a Ecologia Humana. O desejo de fazer da Geografia, um estudo mais científico, mais aceito como disciplina, levou a adoção da Estatística e da Matemática como recursos de apoio surgindo a Geografia Quantitativa.
b) A segunda metade do séc.XX, foi marcado por revoluções, confrontos, movimentos de libertação, questionamento sobre o sistema mundial de dominação, a gritante desigualdade na distribuição da riqueza pelos países do mundo, grande número de países com grande atraso econômico, países com dominação colonialista ...Yves Lacoste em seu livro “A Geografia – Isso serve, Em Primeiro Lugar para Fazer a Guerra”, critica a Geografia tradicional, dizendo que ela sempre existiu a serviço da dominação d e do poder. Pierre George cria a Geografia Marxista ou Geografia Crítica, com propostas comprometidas com transformações sociais, com as relações entre as sociedades, com o trabalho, com a apropriação dos recursos da natureza, com a produção de espaços diferenciados. A geografia Física passa a ser olhada com os olhos da Geografia Humana. Com Pierre George, A Geografia passa a ter um caráter politizador e de denúncia.
c) Atualmente a Geografia passa por um processo de renovação. Milton Santos propõe a discussão do espaço social, que é histórico, dinâmico e fruto do trabalho e da produção da humanidade. A Geografia estuda o espaço e as relações que nele ocorrem, sendo, portanto, um canal de reflexão para uma ação transformadora, objetivando a construção da cidadania.Sabemos que o espaço geográfico é construído pelo homem com o seu trabalho, porém, não são todos os homens que se beneficiam dos frutos desta construção. Interesses de classe, políticos e econômicos estão presentes, colocando-o a serviço de alguns. Ele propõe a inter-relação entre os elementos socioculturais da paisagem e os elementos físicos e biológicos presentes nela, entendendo a construção do espaço nas diferentes sociedades e as relações entre elas. As relações sociais são o produto histórico que envolve a sociedade, a cultura, a política e a economia.
Podemos concluir que o objeto de estudo da Geografia, durante séculos, anos, décadas foi se transformando de acordo com o conhecimento e as idéias de cada época.
A Geografia Moderna
A Evolução Da Geografia
O hábito do nomadismo levava a população pré-histórica a percorrer grandes distâncias, passando por lugares onde as estações do ano,a vegetação, o relevo e os rios eram diferentes o que permitiu um maior conhecimento da superfície do planeta.
Outros povos antigos como finícios, gregos, assírios e egípcios eram navegadores e comerciantes e, em busca de mais territórios, de mercados passaram a conhecer mais os fenômenos naturais e a dominar caminhos terrestres e marítimos. Então os egípcios criaram a Geodésia pela medição de terras.
Eratóstones (276 a.C -194 a.C.), calculou em 39.350 km a circunferência da Terra e a medida correta é de 40.110 Km, no Equador.Chegou a conclusão de que a terra é redonda. Em 240 a.C. escreveu a obra “Tratado Geral de Geografia”.
Os gregos aprenderam muito com os egípcios e dominaram parte do mundo conhecido que na época se restringia ao Mediterrâneo. Deixaram vários escritos sobre suas experiências e vivências geográficas Vejamos alguns exemplos de contribuições deixadas pelos gregos:
a) Estrabão (63 a.C. – 25 d.C.) especulou sobre o formato da Terra; descreveu experiências de viagens e escreveu uma obra de 17 volumes “Geographicae” que serviu para uso militar.
b) Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) concebeu a Terra com uma esfera.
c) Hiparco (190 a.C. – 125 a.C.) criou o sistema de coordenadas geográficas (paralelos e meridianos).
d) Cláudio Ptolomeu (100 d.C. – 178 d.C.) em sua obra “Almagesti” propôs que a Teoria Geocêntrica, em que a Terra seria o centro do Universo e o sol, estrelas, planetas e satélites naturais girariam ao seu redor. Seus estudos influenciaram o mundo por mais de 1500 anos (do séc. II até o séc. XIV).
e) Inventaram o Dioptra conhecido como Astrolábio que servia para medir a altura angular de uma estrela; discutiram a forma da terra e o aperfeiçoamento da Geodésia, classificação dos tipos de climas, descrição de lugares e países, estações do ano e regime dos rios.
Os romanos aproveitaram os conhecimentos geográficos dos gregos com o objetivo prático de demarcação das terras do Império Romano.
Com a decadência do Império Romano no séc.III, os árabes herdaram a geografia grega que foi traduzida para o árabe e os estudos de geografia foram aprofundados.
Durante a Idade Média, as respostas para os questionamentos a respeito do mundo passaram a ser fornecidas pela religião. A geografia perdeu força e quase desapareceu no mundo ocidental nesse período.
Impulsionada por objetivos militares, de expansão e de organização do Império Muçulmano, a geografia se desenvolveu no mundo árabe juntamente com outras áreas como astronomia, matemática e geometria. O árabe Al-Idrisi (1100 – 1166), elaborou um sistema de classificação climática; Ibn Batuta (1304-1368), através de suas viagens descobriu que as regiões quentes do mundo, ao contrário do que se pensava, eram habitáveis. Os povos islâmicos desempenharam um papel importante na expansão geográfica pelos continentes, desde o séc. VII, dominando parte da Ásia, África e da Europa.
Os europeus conheciam o oriente através dos relatos das viagens do venesiano Marco Pólo (1254-1324), ele havia cruzado a Ásia e vivido por 20 anos na China.Nicolau Copérnico (1473 – 1543), astrônomo polonês que desenvolveu a Teoria Heliocêntrica, considerada o ponto de partida da astronomia moderna publicada na obra “De Revolutionibus orbium coelestium”(Das Revoluções das Esferas Celestes). Na obra “A geografia” se constituiu no primeiro atlas pois mapeou o mundo conhecido na época fornecendo as coordenadas geográficas de lugares importantes. Esta obra serviu de orientação geográfica durante séculos.
Johanes Kepller (1571-1630), determinou a órbita da Terra, e depois, de Marte, comprovando que elas não elas não eram circulares conforme acreditava Copérnico e, sim, eclípticas.
Glileu Galilei (1564-1642), fez o seu próprio telescópio e através dele descobriu o relevo lunar (crateras e elevações), as irregularidades da superfície e de manchas solares, e descobriu que a Via Láctea é composta por uma infinidade de constelações de estrelas. Galileu foi julgado pela inquisição e condenado à prisão perpétua por ter defendido as idéias do herege Nicolau Copérnico que dizia que a Terra era apenas mais um planeta que girava em torno do Sol (teoria heliocêntrica), e, também, por contradizer Aristóteles que afirmava que a Terra se mantinha fixa no espaço não apresentando nenhum tipo de movimento.
Isaac Newton (séc. XVII), deu sua colaboração para a astronomia ao anunciar a Lei da Gravitação Universal, que tem por objetivo explicar o movimento dos corpos celestes. Foi também o inventor do telescópio refletor ou newtoniano.
No final da Idade Média, o comércio antes restrito ao interior dos feudos, começou a ser reativado e se expandiu. As cidades também cresciam. As Cruzadas, expedições religiosas que tinham entre outros objetivos a expulsão dos muçulmanos da Palestina, contribuíram para a expansão européia em direção ao Oriente e para um maior conhecimento do continente asiático. Mas, foi só na época das grandes explorações e conquistas do séc. XV e XVI que o aperfeiçoamento de embarcações e de instrumentos de navegação como a bússola e o astrolábio e a confecção de mapas mais precisos permitiram que os navegantes se aventurassem a empreender viagens por mares nunca antes navegados. Diversos viajantes alargaram o horizonte conhecido. A descrição geográfica, o mapeamento e a cartografia, tiveram um grande avanço. Era a época das grandes navegações. Os relatos dos viajantes que voltavam das novas terras descrevendo o clima, a vegetação e os povos, denominados de trabalhos geográficos, eram estudos variados e tinham um caráter apenas descritivo. Por isso, até o final do séc. XVIII não se pode falar em geografia como ciência.
Geografia e Produção do Espaço
Geografia é a ciência do cotidiano que visa despertar no aluno competência que permitam a análise da realidade entendendo as causas, os efeitos, a intensidade, a heterogeneidade e o contexto espacial dos fenômenos que configuram cada sociedade.
Geografia e Produção do Espaço
O pensamento geográfico se desenvolveu junto com a necessidade de compreensão do mundo, ou seja, ao mesmo tempo em que a sociedade humana evoluía. Por sua vez, a compreensão de mundo se completou com o desenvolvimento da tecnologia. Este permitiu a expansão da humanidade pelos diversos continentes ampliando o conhecimento e possibilitando um maior domínio dos espaços.
O conhecimento geográfico e o desenvolvimento da Ciência geográfica estão ligados à história da humanidade, à história de suas ideologias, da apropriação e da organização territorial de suas conquistas e de suas lutas pelo poder. O espaço em diferentes contextos sociais e históricos é o objeto de estudo da geografia.
A geografia é a ciência do cotidiano, por isso, quão importante é a atitude consciente, participativa, cooperativa e crítica do cidadão, para a manutenção da saúde do espaço geográfico ocupado pelo homem.